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2007/10/30
2007/10/25
Pequenos dramas da interioridade
Hoje o dia amanheceu branco, mas através das densas nuvens de nevoeiro era possivel vislumbrar um sol tímido mas radioso, e pensei que iria ser mais um dia quentinho como os que se têm feito sentir graças ao abençoado verão de S. Martinho...
Vai daí, faço-me ao caminho, fazendo-me ver como pude - médios, faróis de nevoeiro à frente e atras.... só faltou ligar os 4 piscas - e lá vou veu, confiante que a partir da barragem do Fratel, local onde oficialmente entro no Alentejo, deixava a névoa e o fresquinho que se fazia sentir pra trás...
Ingénua... Assim que saí do carro em Castelo de Vide percebi que o sapatinho ainda sem meia e a calcinha curta já não são indumentária possível, a não ser que o meu objectivo seja que os meus pés atinjam o ponto de congelação antes do meio dia, e quanto ao casaquinho leve por cima da t-shirt.... Esquece Boli!
E assim cheguei a uma brilhante conclusão: depois de 7 anos a viver em Liboa, onde por comparação, o clima é quase tropical, o Inverno que se avizinha não vai ser pêra doce.... Segundo consta, o vento que se constuma fazer sentir por estas bandas é quase ciclónico e volta meia vem acompanhado de umas chuvadas pouco simpáticas...
Por isso, lanço o apelo :
- a Boli não tem roupinha para estas temperaturas indecentes
- também não tem sítio para as adquir ( já devo ter mencionado algures que por estas bandas não abundam lojas...)
- mesmo se tivesse, este mês não me vão pagar (estranho seria se me pagassem!)
Ajudem! Façam os vossos donativos e sejam generosos!
Também se aceitam cabazes desde que bem recheados de camisolinhas quentes, botas, casacos, sapatos e malas, após visitinha a uma qualquer Zara, Pull e Stradivarius, entre outras (sou uma mocinha poupada e não sou de fazer os outros gastar muito, mas se insistirem...)
Não se acanhem! A Boli agradece :)
2007/10/23
Premiére - la derniére...
Na primeira semana de cada mês tenho um hábito. A partir de dia 1, ou mesmo antes, comprar a "Premiére". Foi um hábito que adquiri desde os primórdios, e com excepção dos três primeiros números, estão todas orgulhosamente perfiladas e arrumadas em porta revistas do IKEA numa das minhas atafulhadas estantes (voltar pra casa dos pais tem destas coisas, entre outras, que agora não vêm ao caso...).
No entanto, esta tarefa foi-se tornando espinhosa, sendo cada vez mais raros os locais onde a conseguia obter, sobretudo aqui na província.
E tal não é o meu espanto quando no editorial da revista de Outubro eram feitas umas apressadas despedidas, pois os próprios colaboradores foram avisados quase em cima do fecho dessa edição de que a revista vai ser descontinuada e não haverá próximo número, pelo que nem tiveram oportunidade de preparar uma despedida condigna para os seus leitores fiéis. Podiamos não ser muitos, mas tinhamos direito a um adeus como deve ser.
Não é que a revista fosse um primor em termos de conteúdo e gráficos, nos quais se colava bastante à sua prima espanhola "Fotogramas", e foram várias as vezes em que me irritei com as as inúmeras capas com a Jennifer Lopez com pouca roupa, como se de uma Maxmen se tratasse. Mas desculpei-lhes sempre. Afinal era a única revista de cinema existente em Portugal, uma revista diferente e especial entre os milhares de TVGuias, Marias, e outras que tais.
Acompanhou uma fase muito importante da minha vida, foi leitura de inúmeras viagens de comboio pois já estava no mercado desde o meu 1º ano da faculdade, e celebrava em Novembro o seu 8º aniversário, para o qual estavam a preparar um número especial que já não vai aparecer nos quiosques e estantes das papelarias, nem figurar na minha colecção.
É o fechar de um ciclo. Mais um.
Não se faz.
* continua em
2007/10/05
back to school(s)
De regresso às estradas do alto alentejo: o rally está de volta.
Mais valia arranjar um auto caravana e pernoitar à beira das escolas. Mas não. Resignada, a Boli retomou a sua ciranda diária, pelo que a data da revisão ao bólide se aproxima a passos largos.
É estranho voltar depois de estar feito o processo de luto: já tinha levado tudo, entregue o material excedente, arquivado os processos, informado pais e crianças de que "no próximo ano lectivo já cá não estou" e feito as despedidas necessárias - desta vez sem lágrimas, estou a tornar-me uma psi empedernida! E pronto, um mês depois o peso do adeus já não se fazia sentir.
Quando me ligaram a dizer que poderia voltar, fui atravessada por dois sentimentos distintos. O primeiro impulso foi recusar: afinal de contas, já me tinha vindo embora, e dar conta de três escolas por semana a mais de 50 km de casa é pra gente doida. Mas logo a seguir fiquei encantada com a possibilidade de retomar o meu trabalho, pegar outra vez nos meus meninos e começar tudo o que não tive possibilidade de realizar nos curtos meses de trabalho a que tive direito. Desta vez tenho um ano lectivo interinho, e nesta altura o trabalho e os projectos já são mais que muitos, atendendo ao entusiamo com que os vários professores me receberam, esfregando as mãos de contentes por depositarem noutra pessoa as suas angústias em relação aos casos problemáticos - todos eles prioritários! - das suas turmas, e ao facto de ter dado por mim a concordar em colaborar numa data de iniciativas para as quais duvido ter disponibilidade mental e horária... a ver vamos!
No entanto, no próprio dia da entrevista vi algo que me arrepiou. Não é que dei com uma pirralha (por cá diz-se "gaiata") de 5ºano em pleno corredor a bebericar ostensivamente um capuccino???? Se sem aditivos, já nos dão cabo da cabeça, imagine-se como será se ingerirem cafeína nos intervalos!
Vou ter muito trabalhinho este ano...
2007/10/03
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